Domingo, 15 de Novembro de 2009
33º Domingo do Tempo Comum
Primeira leitura (Daniel 12,1-3)
Salmo (Salmos 15)
Segunda leitura (Hebreus 10,11-14.18)
Evangelho (Marcos 13,24-32)
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:
24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.
28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.
30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
Comentários:
"Minhas palavras não passarão!” Estamos no penúltimo domingo do Tempo Comum. A Liturgia da Palavra nos trás o tema da escatologia, isto é, dos últimos acontecimentos que se referem ao retorno do Senhor. Portanto, nossa atenção deve concentrar-se na volta do Filho do Homem.
A linguagem de caráter apocalíptico, que aparece no Evangelho de Marcos, tem suas raízes na tradição bíblica. Própria dos tempos de crise, a linguagem apocalíptica está carregada de imagens fortes, com o intuito de sustentar aqueles que são fiéis a Deus no momento da provação.
A fé no Senhor da história garante, mesmo diante da morte iminente, que o plano de Deus vai se realizar. Os que ficarem fiéis na provação serão salvos.
A leitura profética de Daniel remonta a um tempo difícil, com perseguições e mortes. Representa um primeiro testemunho bíblico sobre a fé na ressurreição. Vítimas e opressores se encontrarão diante de Deus. A luta de Miguel indica que cada um será responsável pelos seus atos. E será revelado quem lutou pela justiça e a verdade: “Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos nos caminhos da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor.” (Daniel, 12,3).
Em Jerusalém, Jesus pronuncia o discurso escatológico (Mc 13,24-320) para prevenir seus discípulos sobre os seus sofrimentos que se aproximam e para que não desanimem diante da provação, nem se afastem do ensinamento do Mestre: “Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” ( Mc 13,31). É Cristo que nos virá salvar.
Joviano e Lima Júnior,SSS
Arcebispo de Ribeirão Preto