32º Domingo do tempo Comum
1. Primeira leitura - 1Rs 17,10-16
2. Segunda leitura - Hb 9,24-28
3. Salmo - Sl 145
4. Evangelho - Mc 12,38-44
Evangelho:
Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”.
41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Comentários:
A generosidade da féA mesa da Palavra, neste domingo, nos oferece dois modelos de fé: a viúva de Sarepta, no tempo do profeta Elias e a viúva que se encontra no Templo, no tempo de Jesus. Muitos séculos as separam, mas a realidade da fé as une, fazendo com que se tornem modelo e estímulo para a vivência da fé, hoje.
Elias, segundo a vontade do Senhor, vai estabelecer-se numa terra estrangeira, fugindo da perseguição da rainha Jezabel. O profeta experimenta a providência divina mesmo em terra estrangeira, quando Ele se revela como protetor das viúvas e dos órfãos.
Uma pobre viúva socorre o profeta com o pouco que dispõe, em tempo de carestia. Oferece a Elias um pão assado com a pouca farinha que lhe resta.
Jesus encontra-se no Templo. Observa a generosidade de uma viúva pobre que lança no cofre as poucas moedas que possui. E diz aos seus discípulos: “Em verdade eu vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram no cofre, porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta porém, pôs de sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento”. São palavras não somente dirigidas aos primeiros discípulos, mas a todos os que tomarem conhecimento de Jesus, através do Evangelho. Esta é a intenção do evangelista Marcos. Jesus elogia a generosidade e largueza de coração daquela mulher pobre que deu de sua indigência. Sua confiança em Deus é tal que priva até do necessário para a sua sobrevivência.
A comunidade cristã reunida para celebrar o domingo, dia do Senhor, encontra nestas duas mulheres um incentivo à generosidade, ao amor sem reservas. Trata-se da fé traduzida em gestos concretos. Assim, fica bem claro a correspondência entre fé e amor. O amor, para o discípulo do Evangelho, se funda sempre na fé em Deus Pai e na sua Palavra de vida.
Arcebispo de Ribeirão Preto
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