3º Domingo do Advento - 13 de dezembro 2009
As multidões perguntavam a João: «O que é que devemos fazer?» Ele respondia: «Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa.» Alguns cobradores de impostos também foram para ser batizados, e perguntaram: «Mestre, o que devemos fazer?» João respondeu: «Não cobrem nada além da taxa estabelecida.» Alguns soldados também perguntaram: «E nós, o que devemos fazer?» Ele respondeu: «Não maltratem ninguém; não façam acusações falsas, e fiquem contentes com o salário de vocês.»
O povo estava esperando o Messias. E todos perguntavam a si mesmos se João não seria o Messias. Por isso, João declarou a todos: «Eu batizo vocês com água. Mas vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno nem sequer de desamarrar a correia das sandálias dele. Ele é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo. Ele terá na mão uma pá; vai limpar sua eira, e recolher o trigo no seu celeiro; mas a palha ele vai queimar no fogo que não se apaga.»
João anunciava a Boa Notícia ao povo de muitos outros modos.
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O evangelho da alegria
Por Dom Joviano de Lima Junior
A liturgia do terceiro domingo do Advento é caracterizada por um insistente convite à alegria, especialmente nas duas primeiras leituras bíblicas. É que o Natal está se aproximando.
O profeta Sofonias, na primeira leitura, convida Israel a festejar a vinda do Senhor no seio do seu povo. Também Paulo, na segunda leitura, diz aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos. O Senhor está próximo!”
O mundo inteiro celebra o Natal. E a característica maior desta festa universal é a fraternidade. A Igreja, por sua vez, celebra o nascimento do Salvador, convidando a humanidade a acolher o Deus que vem habitar entre nós, assumindo a natureza humana.
O Evangelho proclamado neste domingo dá continuidade à pregação de João Batista. O profeta se dirige a três categorias de pessoas que lhe perguntam: “O que devemos fazer?” Ao povo, o Batista convida a partilhar as vestes e o alimento com os que nada têm. Aos cobradores de imposto pede-lhes: “Não cobreis mais do que foi estabelecido.” Aos soldados diz: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário.” João pede a todos a percorrer os caminhos da misericórdia para que a justiça seja efetiva. Publicanos e soldados precisam aprender a viver bem, mesmo numa sociedade corrupta e violenta.
“O povo estava na expectativa, e todos perguntavam se João não seria o Messias.” João indica Jesus, como Messias, aquele que batizará no Espírito Santo. E que é mais forte, porque sobre Ele repousa a força do Espírito Santo.
A mensagem transmitida pelo profeta é esta: É preciso entregar a Cristo a própria vida para que o batismo de Jesus possa transformar a sua existência, marcada pela sabedoria do Evangelho.
Arcebispo de Ribeirão Preto
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