LITURGIA DOMINICAL: 25/04/10 – “O BOM PASTOR”
4º Domingo da Páscoa
Leituras
Primeira: At 13,14343-52 - Eis que nos voltamos para os pagãos.
Salmo: 99 - Sabei que só Ele, o Senhor, é Deus!
Segunda: Ap 7,9.14b-17 - O Cordeiro será o seu pastor.
Evangelho: Jô 10,27-30 - Eu dou a vida eterna para minhas ovelhas.
Naquele tempo, disse Jesus:
27“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”. Palavra da salvação!
REFLEXÃO:
Eu lhes dou a vida eterna... Cristo ressuscitou e nós O seguimos, assim como as ovelhas seguem o seu pastor. Ele nos conduz a pastagens que saciarão a nossa fome física, a fome de felicidade, de realização pessoal, porque nos dará a vida eterna.
O mundo nos proporciona muitos bens, é certo; bens que dão prazer, gozo, satisfação. Contudo, sentimos que o nosso desejo de felicidade não se completa, porque temos uma capacidade superior. Em outras palavras: estamos feitos para a eternidade.
E como será a eternidade? A segunda leitura dá uma pista: lá “não derramaremos lágrimas”. Isso quer dizer que cessarão os sofrimentos e uma vida assim, sem dor, é uma vida inteiramente feliz. Adeus câncer, enxaqueca, gripe; adeus preocupações e aflições; discussões e brigas. “Tudo passa, só Deus basta”.
A eternidade já começou para nós cristãos. O batismo fez de nós “filhos de Deus”, ao nos incorporar a Cristo. Assim, com Cristo, a nossa herança está no Céu. Por isso, os padres da Igreja proclamavam a todos os ventos da terra: “Reconhece, oh cristão, a tua dignidade!” Isso é o que se pode observar na primeira leitura: apesar da perseguição que sofriam os cristãos, estavam cheios de alegria e de Espírito Santo.
A felicidade não é algo exterior, é mais profunda, é estar com Deus. “Ora, a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17,3). Então, a pergunta é: já conhecemos a Deus?
Como obter a vida eterna? Para isso não é suficiente o Batismo, mas viver as exigências de um batizado. Isso comporta toda a vida de uma pessoa. O Evangelho de hoje diz: “Eu as conheço”. Isso quer dizer que Cristo percebe uma marca indelével em nós, a do Batismo. É isso o que o Batismo gera: pureza, santidade, uma marca divina, como um vestido novo completamente branco.
No entanto, com o passar do tempo, Deus continua olhando para a nossa alma. Ele nos reconhecerá se a mantivermos branca, pura, imaculada. É isso o que o Evangelho diz com aquele: “Eu os conheço”, porque se mantiveram fiel ao dom da amizade iniciada no Batismo.
O nosso modo de viver compromete o nosso Batismo e a vida eterna. Nada do que eu faço na vida é indiferente diante de Deus: ou será para o meu bem final ou me prejudicará eternamente. Somos responsáveis pelo nosso futuro e pelo futuro de tantas pessoas, porque o nosso modo de viver, querendo ou não, influi nas pessoas ao nosso redor.
Façamos um ato de reparação pelas manchas que diariamente deixo na minha alma, por exemplo, dando uma ajuda a uma pessoa que estiver em necessidade.
Sem. Antonio Maldaner, LC