A perpetuação de uma memória, a presença viva de uma pessoa e o cumprimento de suas palavras são realidades vividas e conservadas no seio da comunidade cristã, ao longo da sua história.
De fato, Jesus Cristo, ao constituir uma comunidade deixou profundas marcas de si, selou-a com o seu amor. Uma união íntima foi estabelecida entre o Mestre e os discípulos, união somente possível e garantida na experiência profunda do amor que ultrapassa as barreiras dos condicionamentos humanos. Tão determinados a ponto do discípulo não se conter e num momento de extravasamento dizer: ”Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
O ardor, o sofrimento suportado com alegria, a fidelidade ao Princípio originário e o desejo de fazê-lo conhecido, amado e imitado foram características que acompanharam os discípulos. Por meio dos discípulos, no âmbito que brota desta íntima relação, Jesus Cristo foi sempre visto e reconhecido como fonte de Vida e Esperança.
Atualmente, são muitos os sofrimentos e dores, que marcam a história humana, que ofuscam o brilho da alegria e da esperança verdadeira: tantos valores contrários ao Principio se instalaram no meio dos homens e muitos deles são vistos como naturais, ferindo fortemente a dignidade e a vida no mundo.
Deixar que o amor de Cristo produza nos homens suas marcas é um imperativo. Deixar que sua luz ilumine nossa história é uma necessidade. O amor marcante do Cristo na vida dos discípulos levará a novos parâmetros, a um novo posicionamento diante da realidade, à experiências libertadores.
Pe Marcos Candido
(Pe Marcos foi Pároco da Paróquia Cristo Ressuscitado, no período de 2002 à 2009. Atualmente está no exterior em Estudos) Artigo publicado no informativo da Paróquia Cristo Ressuscitado de maio/junho de 2005.
Spread The Love, Share Our Article
