LITURGIA DOMINICAL-11/07/10 -"QUEM É O MEU PRÓXIMO?"


Liturgia Dominical: “Quem é o meu próximo?”.
5º Domingo do Tempo Comum
11 de Julho de 2010


Leituras
Dt 30,10-14 = Esta Palavra está bem ao teu alcance
Sl 68 = Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos
Sl 18B = Os preceitos do Senhor são precisos
Cl 1,15-20 = Tudo foi criado por meio dele e para ele
Lc 10, 25-37 = Quem é o meu próximo?
Cor litúrgica :Verde


Comentários:

Meu próximo?
O doutor da Lei havia perguntado: “quem é o meu próximo?” Jesus lhe responde contando uma parábola. Com perspicácia começa a sua parábola “certo homem...” (Lc 10-25-37). Não importa quem, nem sua identidade. Aqui já está a resposta de Jesus, nesta primeira palavra. Assaltado e caído à beira do caminho entre Jerusalém e Jericó, não é socorrido pelo sacerdote que passa ao largo, nem pelo levita. Os dois evitam aproximar-se do ferido. Não o fazem por obediência à lei, pois se o homem estivesse morto, eles se tornariam impuros, conforme Levítico 21,1. Aqui encontra-se o ponto trágico, um conflito a ser superado: às vezes a obediência à lei pode causar danos irreparáveis aos irmãos. O que fazer?

Entra em cena um outro personagem. É um samaritano, um estrangeiro inimigo. Alguém que não pratica como se deve a Lei. É interessante notar como o samaritano age: “Viu-o e moveu-se de compaixão”. “Aproximou-se, atou-lhes as feridas... colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele”. O samaritano vê a situação e aproxima-se do ferido. Aí está o ponto focal, interessar-se, prestar atenção ao outro em suas necessidades.

Tendo terminado a narração da parábola, Jesus prefere devolver a questão ao doutor da Lei: “Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?” Respondeu-lhe o doutor da Lei: “Aquele que usou de misericórdia para com ele.” Conclui Jesus o diálogo dizendo-lhe: “Vai e faze tu o mesmo”.


Para os Padres da Igreja, nos primeiros séculos do Cristianismo, Cristo é para cada um de nós o bom samaritano que vem ao nosso encontro. Fica para nós também a interpelação para estarmos atentos a todos que se encontram à margem da sociedade. Tornar-se próximo, eis é a melhor maneira de amarmos os nossos semelhantes.

Dom Joviano de Lima Júnior
Arcebispo de Ribeirão Preto

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