Nós te amaremos
Sergio Henrique Speri
Sergio Henrique Speri
É possível que ao ler esta reflexão, este título precise ser atualizado para “nós te amamos”, contudo ao iniciar a escrever estas linhas ele ainda precisou ser escrito desta forma.
Nasci em 18 de novembro de 1967, exatamente nove meses após o final de semana de Duquesne, um marco para o início da Renovação Carismática Católica. Costumo brincar que o Espírito Santo estava inspirado neste final de semana de fevereiro de 1967 e que, de certa forma, estou ligado a RCC desde o seu início, afinal fomos gerados no mesmo dia pelo Espírito de Amor.
Portanto, RCC e eu, nascemos sob o papado de Paulo VI. Confesso que o que sei a seu respeito vim saber a partir da minha mocidade. Nem mesmo me lembro de sua morte ou escolha de João Paulo I.
O que tenho em minha memória é que no final de setembro de 1978 meu pai, ao acordar, disse à minha mãe o papa morreu, e naquela madrugada o papa recém-escolhido, havia morrido. Talvez ainda emocionado pela morte de Paulo VI tivesse sonhado com sua morte; talvez enquanto dormia ouviu alguém passar pela calçada comentando alguma coisa sobre a morte de João Paulo I ocorrido na madrugada; realmente isso não importa e nem é o foco desta reflexão, contudo, foi o primeiro fato que marcou o meu relacionamento com a figura do papa.
O que tenho em minha memória é que no final de setembro de 1978 meu pai, ao acordar, disse à minha mãe o papa morreu, e naquela madrugada o papa recém-escolhido, havia morrido. Talvez ainda emocionado pela morte de Paulo VI tivesse sonhado com sua morte; talvez enquanto dormia ouviu alguém passar pela calçada comentando alguma coisa sobre a morte de João Paulo I ocorrido na madrugada; realmente isso não importa e nem é o foco desta reflexão, contudo, foi o primeiro fato que marcou o meu relacionamento com a figura do papa.
Em seguida foi escolhido o papa João Paulo II, que dispensa maiores comentários. Como não amá-lo? Como não sofrer com o seu sofrimento? Como não sentir sua falta? Mas veio o papa Bento XVI e de imediato senti por ele o mesmo amor que sentia pelo papa João Paulo II. Esse amor imediato era exclusivo meu? É claro que não. Ainda que sentindo a falta do Santo Súbito, quando a multidão em Roma e em todos os cantos da Terra ouviram as palavras habemus papam, todos “explodimos” em gozo, alegria, esperança..., antes mesmo de saber quem seria ele.
Mas como poderíamos nós, em pleno luto, nos alegrarmos tanto? E depois de sabermos quem seria, como manter esse sentimento imaginando como os dois seriam tão diferentes?
Ainda que não soubéssemos nada sobre como ele seria como papa, nem o que faria, já especulávamos e creio, fomos muito bem surpreendidos do início até o fim do seu pontificado neste 28 de fevereiro.
Outro virá e tenho certo em meu coração que será amado também, seja ele mais ou menos idoso, de qual continente for, mais ou menos “progressista”, enfim, seja quem for tenho certo que será muito amado.
Por que tenho essa certeza?
Porque não amamos apenas as pessoas de Ratzinger, Wojtyla e seus predecessores, amamos também, e antes, a pessoa do papa, amamos a pessoa de Pedro que ele sucede e representa, amamos aquele que por Jesus Cristo foi designado para edificar a Sua Igreja e conduzir as suas ovelhas.
Seja quem for. Venha de onde vier. Seja bem vindo. Nós te amaremos!